Os mais e os menos esperados momentos dos Mundiais de Londres

Desde o recorde do mundo de Inês Henriques, à prata de Mo Farah e à lesão de Usain Bolt (todos estes episódios curiosamente vistos em pouco mais de 24 horas), o mundial de atletismo de Londres 2017 passou a estar entre um dos campeonatos com as ocorrências mais inopinadas de sempre. 

Se alguém tivesse pensado este campeonato, diria que ter-lhe-ia dado na telha para pensar como  Gatlin seria campeão do mundo aos 100m com 35 anos, ou como Bolt teria perdido para Coleman, ou mesmo como Emma Coburn é campeã do mundo e ainda é capaz de bater o recorde dos campeonatos aos 3000m obstáculos - e é de realçar que ela é americana. E branca.

Posto isto, resumi os momentos mais e menos inesperados destes campeonatos. 

1. Usain Bolt é vencido por Justin Gatlin e Christian Coleman. Ou Gatlin vence um mundial aos 35 anos de idade. De um ponto de vista otimista: Bolt ganha a sua primeira medalha de bronze. Ou então volta a perder para alguém 10 anos depois de Osaka 2007.

2. Wayde van Niekerk é ouro nos 400m masculinos, mas o turco Ramil Guliyev vence-o na final dos 200m.

4. Kori Carter vence os 400m barreiras (na pista 9)

5. Emma Coburn é ouro aos 3000m obstáculos e bate o recorde dos campeonatos.

6. Gostava de falar dos Lançamentos, mas só me consigo lembrar daquela final de Disco masculino em que todos chegaram a estar no pódio. No final, foi este senhor que acabou por levar o ouro.

7. Mutaz Essa Barshim é ouro (esperadíssimo?) e Bondarenko fica fora do pódio (como assim?)

8. Bolt lesiona-se na última corrida da sua vida e a Grã-Bretanha traz o ouro para casa.

9. Trinidade e Tobago batem os Estados Unidos na estafeta de 4x400m (masculinos). Pela primeira vez em não sei quanto tempo, os EUA não ganharam uma estafeta de 4x400m. Acho que isto foi longe demais.

10. Inês Henriques bate o recorde mundial aos 50km de marcha. Porque os portugueses também ganham cenas.